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A bola é uma aliada, por isso acarinha-a e trata-a bem. Tanto que, se ela falasse, teria certamente reclamado quando, com apenas 15 anos mas já com muito talento, quis dar um chuto para o ar e desistir do futebol para se dedicar à loja de material electrónico que o tio tem em São Paulo. Foi precisamente este – no passado também ele um craque – que o demoveu de tão disparatada ideia. Voltou aos relvados e para encantar. Deixou para trás os tempos em que jogava à bola de pé descalço nas ruas de Sergipe, no Nordeste brasileiro; deixou também para trás a paixão por lançar papagaios de papel nos céus. Foi para o Barcelona de São Paulo e daí até Portugal foi um pequeno pulo, onde chegou com apenas 16 anos e logo demonstrou que, mais do que um promissor atleta, seria uma certeza do futebol mundial.
Diego Costa (07/10/1988) deixa a sua marca por onde quer que passe, seja em Portugal, seja em Inglaterra, seja em Espanha, porque o estilo, esse, está adquirido há muito e há muito é inconfundível. O seu jogo reflecte a sua personalidade, contagiando todos com a alegria, a vivacidade, o carácter, a determinação, a raça, a velocidade e a impressionante capacidade de explosão para quem tem uma não menos admirável pujança física – e também por isso chegou à selecção espanhola, depois de obtida a dupla nacionalidade. Sem medo de falhar, porque o que ele verdadeiramente gosta é de ter a bola nos pés e colocá-la dentro da baliza, afinal a essência do futebol.